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O que é resistência insulínica? Resistência à insulina dificulta emagrecer?

Você provavelmente em algum momento já ouviu falar de resistência à insulina. Mas sabe exatamente o que é resistência insulínica? E sabia que a resistência à insulina dificulta emagrecer?

Isso mesmo, a resistência à insulina ou resistência insulínica é um problema que acomete boa parte da população, de acordo com o IDF (Federação Internacional de Diabetes) ela atinge cerca 463 milhões de adultos no mundo.

O descontrole desse importante hormônio, a insulina, traz muitos problemas à saúde, inclusive a resistência insulínica é precursora da diabetes. Para te contar tudo sobre esse problema, preparamos este artigo completíssimo, por isso continue com a gente!

O que é resistência insulínica?

A resistência insulínica é um problema na ação da insulina, um importante hormônio que transporta a glicose do sangue para dentro das células. Quando essa ação da insulina está prejudicada, o metabolismo da glicose não acontece corretamente e a mesma tende a se acumular no sangue, dando origem a uma série de problemas.

O principal deles, que pode ocorrer em decorrência da resistência à insulina, com certeza é o aparecimento da diabetes.

A resistência à insulina não se trata da falta da insulina, mas do impedimento da ação da mesma, por disfunções no organismo, onde as células não respondem corretamente a ação do hormônio.

Na resistência insulínica inclusive costuma ocorrer um excesso na produção de insulina pelo pâncreas (hiperinsulinemia), já que esse entende que o organismo precisa de mais insulina. Mas infelizmente, mesmo com doses maiores de insulina, essa ainda não consegue exercer sua função plenamente. E com toda essa disfunção, é normal que com o tempo ocorra um maior descontrole dos níveis de glicemia. É uma reação em cadeia.

Sintomas da resistência insulínica:

A resistência à insulina muitas vezes é silenciosa e nem sempre surgem sintomas, mas em decorrência dela podem surgir:

  • Pré diabetes e se não for tratada diabetes tipo 2.
  • Diabetes gestacional;
  • Esteatose hepática (gordura no fígado);
  • Triglicérides e colesterol alterados.
  • Pressão alta.
  • Aumento da fome.
  • Oscilações no peso com ganho ou perda súbita de peso.
  • Dificuldade para emagrecer e manter o peso.
  • Acúmulo de gordura na região do abdômen.
  • Síndrome metabólica (conjunto de fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes), acúmulo de gordura abdominal, glicose elevada, descontrole do colesterol e triglicérides e pressão alta ao mesmo tempo.
  • Sensação de cansaço, fraqueza ou fadiga.
  • Dificuldade de concentração.
  • Sono após as refeições.
  • Sensação de fome mesmo após se alimentar.
  • Alterações constantes nos hábitos intestinais.
  • Manchas escuras principalmente no pescoço, mas também nas axilas e braços (chamadas Acanose Nigricans).
  • Episódios constantes de candidíase.
  • Quando está associada à Síndrome do Ovário Policístico, a pessoa com resistência insulínica tende a apresentar um aumento nos pelos pelo corpo, na acne e na oleosidade da pele. Também podem ocorrer irregularidades na menstruação.

Causas da resistência insulínica:

A principal causa de resistência à insulina é o consumo excessivo de carboidratos. Mas existem outros fatores que podem contribuir para o aparecimento da resistência insulínica, como:

  • Predisposição genética;
  • Ganho de peso;
  • Obesidade, com maior acúmulo de gordura principalmente na região abdominal;
  • Sedentarismo;
  • Deficiência de vitamina D;
  • Utilização prolongada de medicamentos como corticoides e imunossupressores;
  • Síndrome do Ovário Policístico;
  • Hipotireoidismo;
  • Síndrome de Cushing (causada pelas desregulações nos níveis do hormônio do estresse, resultando em níveis elevados e prolongados de cortisol, culminando em aumento do peso, acúmulo de gordura abdominal, estrias entre outros sintomas);
  • Hepatite C.

Resistência insulínica é diabetes?

Nem sempre. Pessoas com diabetes têm resistência à insulina. Mas nem todos que têm resistência insulínica têm diabetes.

Mas como dissemos anteriormente, a resistência insulínica é precursora da diabetes. Por isso quem tem resistência insulínica deve ficar alerta, porque se ela não for tratada com certeza vai se tornar diabetes.

Resistência insulínica tem cura?

Sim! A resistência insulínica é um quadro totalmente reversível. Para isso é preciso haver uma mudança nos hábitos alimentares e também de estilo de vida como:

  • Reeducação alimentar;
  • Dieta baixa em carboidratos como por exemplo a low carb;
  • Prática de exercícios físicos;
  • Monitoramento dos níveis de glicemia.

Em casos em que o médico considere um alto risco de aparecimento de diabetes, podem ser utilizados medicamentos que favorecem o controle da glicemia diminuindo a resistência à insulina, como por exemplo a metformina.

Resistência à insulina dificulta emagrecer?

A resistência à insulina pode dificultar bastante o emagrecimento, principalmente diminuindo a massa magra (músculos) e aumentando o percentual de gordura corporal.

Ter massa magra, é tão importante, que conforme ela aumenta, aumenta também a demanda energética (gasto calórico do organismo). O que contribui para o emagrecimento.

A insulina leva a glicose do sangue para dentro das células, para que essas possam realizar seus processos, como vimos, incluindo para as células musculares. A falta de energia para as células musculares diminui a disposição para os exercícios físicos e reduz o ganho de massa magra, e pode fazer ainda com que ela diminua.

Ao mesmo tempo, como a glicose se encontra “livre” sem ser utilizada pelas células, tende a ser acumulada no corpo em forma de gordura cada vez mais. E tudo isso aumenta as chances de engordar e dificulta o emagrecimento.

Resistência à insulina, o que não comer?

Quem tem resistência à insulina deve evitar principalmente o consumo excessivo de carboidratos, diminuindo o seu consumo drasticamente, além de sempre dar preferência aos integrais que têm índice glicêmico menor, e por isso ajudam a evitar picos de glicose. Aumentar o consumo de proteínas magras e de fibras também é muito importante para melhorar o quadro.

Resistência à insulina como diagnosticar?

O diagnóstico da resistência à insulina é feito com base na análise dos sintomas pelo médico. Alguns exames também podem ajudar nesse diagnóstico, tais como:

  • Exame de glicemia em jejum (FPG) que deve ter resultado inferior a 99 mg/dL;
  • Teste de Tolerância Oral à Glicose (TTGO) que deve ser inferior a 140 mg/dL;
  • Índice de HOMA. O HOMA-IR que deve ser inferior a 3,4, e avalia a resistência insulínica. E o HOMA-Beta que avalia as funções do pâncreas, e deve ser inferior a 175.

Vale ressaltar que esses valores para fins de diagnóstico, vão variar de acordo com o quadro do paciente e com a avaliação e interpretação do médico.

Outros métodos também são utilizados para o diagnóstico da resistência insulínica, como o QUICKI (que em tradução literal quer dizer índice quantitativo de verificação da sensibilidade à insulina), teste parecido com o HOMA. E os métodos diretos como: Teste de tolerância à insulina (KITT), Teste de supressão de insulina, e Clamp de glicose, que são mais específicos, mas menos comuns e acessíveis.

Como controlar a resistência à insulina?

Para controlar a resistência à insulina como vimos há pouco, é necessário mudar os hábitos alimentares e fugir do sedentarismo.

Para isso é essencial diminuir o consumo de alimentos industrializados que são ricos em açúcares e gorduras e dar preferência à uma alimentação baixa em carboidratos e principalmente baseada em alimentos in natura e minimamente processados. Com foco em proteínas magras e verduras e legumes que são fontes de fibras.

Praticar atividades físicas também é algo importante, o ideal é que sejam pelo menos 150 minutos semanais. De preferência com atividades aeróbicas e de musculação.

Quando necessário o médico pode ainda receitar medicamentos para tratar a resistência à insulina.

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