O que você vai ver:
Você já se perguntou por que a falta de vitamina D é tão prejudicial? Todo mundo provavelmente já ouviu falar sobre vitamina D, com certeza ela é uma das mais comentadas em veículos de informação sobre saúde, se não a mais entre as vitaminas.
Não é sem motivo, ela participa de diversos processos importantes no nosso corpo como por exemplo propiciar a absorção de cálcio pelo organismo, além de importante papel na imunidade. Mas a importância dessa vitamina que na verdade se transforma em hormônio em nosso corpo, o calcitriol, vai muito além disso!
Vitamina D a vitamina do sol
Quando se diz que a vitamina D é a vitamina do sol, isso é verdade, uma vez que a fonte primordial dessa vitamina é sua produção na pele, mais especificamente na epiderme com ação da ultravioleta B, através de reações químicas que só acontecem com a exposição ao sol.
Pra se ter noção o sol é tão importante na produção de vitamina D, que a pele é responsável por sintetizar de 80 a 90% da quantidade necessária da mesma.
Por isso com a vida tão reclusa e corrida que a maioria das pessoas leva, além do grande uso de protetor solar, a carência dessa vitamina ficou extremamente comum. Até porque para se adquirir a vitamina por meio do sol, é necessário receber luz solar com o corpo mais exposto possível, principalmente pernas e braços, sem protetor solar, você pode proteger o rosto.
O tempo de sol indicado para quem possui pele de tom médio é de 30 a 40 minutos, de 15 a 20 minutos para peles mais claras e cerca de uma hora para peles negras. Além disso vale destacar que devemos tomar sol todos os dias, não adianta se expor muito em alguns dias e nada em outros.
Onde a vitamina D é encontrada
Além da fonte primordial de vitamina D (D3 principal forma) que é sua produção através do sol, ela também pode ser encontrada em alguns alimentos como:
- Leite e derivados;
- Peixes e frutos do mar como sardinha, atum e salmão selvagem;
- Vísceras como por exemplo o fígado;
- Carnes vermelhas;
- Ovos;
- Cogumelos que recebem luz solar.
Porém vale ressaltar que a porção dessa vitamina que conseguimos através da ingestão alimentar corresponde a apenas 10 ou 20% do necessário.
Funções
A vitamina D exerce diversas funções imprescindíveis no nosso corpo, entre elas estão:
- Regular a concentração de cálcio e fosfato, o que é importante para a formação de dentes, ossos, músculos e remodelação óssea (reparo de lesões por exemplo);
- Contribuir para o crescimento celular;
- Reduzir a inflamação;
- Além disso ela é imprescindível para o funcionamento neuromuscular, imunológico, entre outras funções.
Consequências da falta de vitamina D
A carência dessa vitamina muitas vezes é silenciosa, podendo aparecer sintomas como fraqueza muscular, dores crônicas e fadiga. As consequências da falta de vitamina D no organismo são:
- Enfraquecimento ósseo, o que pode causar osteoporose e fraturas ósseas.
- Retardo no crescimento e desenvolvimento de ossos, dentes e músculos.
- Aumento das chances de desenvolver câncer, além de maior probabilidade de desenvolver quadros mais graves da doença.
- Maior chance de desenvolver doenças cardiovasculares.
- Desequilíbrio no peso corporal aumentando as chances de desenvolver a obesidade, assim como a perda de peso. Inclusive cientistas da Universidade Northwestern, em Chicago, chegaram à conclusão de que tomar sol pela manhã pode acelerar o metabolismo e reduzir o índice de massa corporal (IMC).
- Aumento também das chances de desenvolver doenças inflamatórias intestinais.
- Como possui importante papel no sistema imunológico e poder anti-inflamatório, a deficiência de vitamina D aumenta as chances de desenvolver quadros mais graves de doenças infecciosas como por exemplo a COVID 19 e a tuberculose.
- Essa vitamina é tão importante que sua carência está associada a diversos quadros clínicos sérios como: diabetes, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, depressão, TDAH (Transtorno de Défcit de atenção com hiperatividade), demência e diminuição na cognição (capacidade de raciocínio e processamento de informações).
- A falta da vitamina D foi atribuída até mesmo a um maior risco de morte.
Suplementação
A suplementação pode ser utilizada em alguns casos, como por exemplo em pessoas que estão com falta de vitamina D, com níveis muito baixos por algum motivo, ou no caso daqueles que não podem se expor ao sol, como pessoas que têm câncer de pele.
O SBEM (Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) atualmente considera que o nível de vitamina D ideal é acima de 20 ng/mL, de acordo com esse valor de referência quem está com os níveis entre 20 e 30 ng/ml não necessita de suplementação.
Isso é claro exceto nos casos de gestantes, idosos e pacientes com comorbidades que necessitem de um nível maior de vitamina D no organismo, como por exemplo de pessoas com osteoporose e doenças autoimune, para esses o nível recomendado é de 30 a 60 ng/ml.
Porém vale ressaltar que a necessidade de suplementação deve ser avaliada por um profissional da saúde através de exames laboratoriais, uma vez que seu excesso, acima de 100 ng/ml, também é tóxico e prejudicial à saúde e pode ter consequência negativas.
Como o excesso de vitamina D eleva a quantidade de cálcio no organismo, esse aumento pode causar problemas como cálculos renais e em casos mais graves até insuficiência renal, elevar a pressão arterial, causar diarreia, náuseas e vômito, aumento na vontade de urinar, sede em excesso, irritabilidade, insônia, nervosismo, entre outros.